O governador Ibaneis Rocha (MDB) confirmou, nesta quinta-feira (02), dois casos da nova variante da covid-19, a ômicron, no Distrito Federal.
O Portal Metrópoles apurou que uma das pessoas infectada com a ômicron está com sintomas leves e a outra está assintomática. A Secretaria de Saúde acompanha ambos os pacientes, que estão isolados em casa.
Os dois homens do Distrito Federal infectados com a ômicron tomaram três doses de vacina contra o coronavírus, segundo informações do Centro de Informações Estratégicas em Vigilância em Saúde do DF (Cievs-DF).
Ambos vieram da África do Sul em um voo que desembarcou em Guarulhos, São Paulo, no dia 27 de novembro. Posteriormente, vieram para Brasília. Os dois homens têm entre 40 e 49 anos.
Um realizou teste para covid-19 no dia 29 de novembro, no Laboratório Central de Saúde Pública do DF (Lacen-DF), que deu positivo. O outro fez o exame na quarta-feira (01), também com resultado positivo.
O Cievs-DF disse que obteve, por meio da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e do CIEVS Nacional, a relação de passageiros do voo internacional e somente esses dois passageiros tiveram destino final para Brasília. “Os passageiros contactantes próximos dos casos que estavam no voo de Guarulhos para Brasília, também estão sendo monitorados”, afirmou.
Além dos dois casos da ômicron no DF, há mais três em São Paulo. O 3º caso, confirmado na quarta-feira (01), é de um homem de 29 anos que veio da Etiópia, na África, e desembarcou no Aeroporto de Guarulhos no dia 27 de novembro.
Ômicron no mundo
A nova variante do coronavírus preocupa o mundo. Casos da cepa registrada pela primeira vez em Botsuana, na África, já foram confirmados na África do Sul, Bélgica, Israel e Hong Kong.
Autoridades internacionais estão aumentando as medidas de restrição para evitar a entrada da variante em seus territórios, pois os cientistas tem alertado que a quantidade de mutações faz da cepa a “mais significativa” até aqui.
A nova cepa tem mais de 50 mutações, 32 delas localizadas na proteína spike, parte que o coronavírus usa para entrar nas células humanas e se reproduzir no corpo. O número de mutações é quase o dobro das identificadas na variante Delta.
De acordo com o professor de microbiologia da Universidade de Cambridge, Ravi Gupta, algumas das mutações da nova variante estão associadas à resistência a anticorpos neutralizantes, o que poderia indicar a possibilidade do vírus de escapar da ação das vacinas. “Parece certamente uma preocupação significativa”, afirmou Gupta ao jornal The Guardian. As informações são do Portal Metrópoles.