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Saúde

Ministério da Saúde cria sala de situação para monitorar hepatite aguda em crianças

Santa Catarina tem três casos sendo investigados

Por: Canal Ideal
15/05/2022 13h08 - Atualizado há 2 anos
Foto: Ilustração
Foto: Ilustração

O Ministério da Saúde instalou uma sala de situação para monitorar casos de hepatite aguda infantil de origem desconhecida. Segundo a pasta, a proposta é apoiar a investigação de casos da doença notificados em todo Brasil, além de levantar evidências para identificar possíveis causas para a enfermidade.

Na última atualização realizada pela Secretaria de Vigilância em Saúde do ministério, 44 casos da doença haviam sido notificados no país. Desses, três foram descartados e os demais permanecem em monitoramento. Os casos foram reportados nos estados de São Paulo (14), Minas Gerais (7), Rio de Janeiro (6), Paraná (2), Pernambuco (3), Santa Catarina (3), Rio Grande do Sul (3), Mato Grosso do Sul (2) e Espírito Santo (1). 

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A sala de situação foi aberta na sexta-feira (13), vai funcionar todos os dias da semana e conta com a participação de técnicos da pasta, da Organização Pan-Americana da Saúde (Opas) e de especialistas convidados.

Além de monitoramento, a sala vai padronizar informações e orientar os fluxos de notificação e investigação dos casos para todas as secretarias estaduais e municipais de saúde, bem como para os laboratórios centrais e de referência de saúde pública. 

"O objetivo também é contribuir para o esforço internacional na busca de identificação do agente etiológico responsável pela ocorrência da hepatite aguda de causa ainda desconhecida", informou o ministério.

No último dia 10, a pasta participou de reunião com um grupo de especialista junto à Organização Mundial da Saúde (OMS) e representantes de oito países (Reino Unido, Espanha, Estados Unidos, Canadá, França, Portugal, Colômbia e Argentina) nas áreas técnicas de emergências em saúde pública, infectologia, pediatria e epidemiologia, para discutir evidências disponíveis até o momento.

Casos em Santa Catarina

O Estado catarinense investiga três casos suspeitos de hepatite de etiologia desconhecida. Conforme a Diretoria de Vigilância Epidemiológica (DIVE) da Secretaria de Estado da Saúde de Santa Catarina (SES/SC), o terceiro caso foi notificado na última quinta-feira (12). Trata-se de uma criança de 3 anos, residente no município de São José, com registro do início dos sintomas no mês de abril. O paciente está internado em um hospital de Florianópolis e teve sorologias negativas para hepatite A, B e C.

Os casos estão sendo investigados pelas Secretarias de Saúde Municipais com apoio da DIVE e do Laboratório Central de Santa Catarina (LACEN/SC) para a realização dos exames laboratoriais necessários.

O Centro de Informações Estratégicas de Vigilância em Saúde de Santa Catarina (CIEVS/SC) recebeu a primeira notificação de caso suspeito em uma criança de 7 anos, em 6 de maio e o segundo em um adolescente de 16 anos, em 9 de maio de 2022.

O que se sabe

A hepatite de origem desconhecida já acometeu crianças em, pelo menos, 20 países. A doença se manifesta de forma muito severa e não tem relação direta com os vírus conhecidos da enfermidade. Em cerca de 10% dos casos, foi necessário realizar transplante de fígado.

Segundo a OMS, mais de 200 casos, até o último dia 29, haviam sido reportados no mundo, a maioria (163) no Reino Unido. Houve relatos também na Espanha, em Israel, nos Estados Unidos, na Dinamarca, na Irlanda, na Holanda, na Itália, na Noruega, na França, na Romênia, na Bélgica e na Argentina. A doença atinge principalmente crianças com um mês de vida aos 16 anos. Até o momento, foi relatada a morte de um paciente.

Em comunicado divulgado no dia 23 de abril, a OMS disse que não há relação entre a doença e as vacinas utilizadas contra a covid-19.

“As hipóteses relacionadas aos efeitos colaterais das vacinas contra a covid-19 não têm sustentação pois a grande maioria das crianças afetadas não recebeu a vacinação contra a covid-19”.

Sintomas

De acordo com a Opas, braço da OMS nas Américas e no Caribe, os pacientes com hepatite aguda apresentaram sintomas gastrointestinais, incluindo dor abdominal, diarreia, vômitos e icterícia (quando a pele e a parte branca dos olhos ficam amareladas). Não houve registro de febre. 

O tratamento atual busca aliviar os sintomas e estabilizar o paciente se o caso for grave. As recomendações de tratamento devem ser aprimoradas assim que a origem da infecção for determinada. 

Os pais devem ficar atentos a sintomas como diarreia ou vômito e a sinais de icterícia. Nesses casos, deve-se procurar atendimento médico imediatamente. 

O detalhamento dos sintomas da doença pode ser encontrado no site da Opas.

Informações Agência Brasil

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