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Educação

Projeto de Universidade da região é selecionado para receber financiamento internacional da ONU

O projeto foi o único brasileiro a avançar para a segunda etapa da seleção

Por: Cristine Maraga
21/05/2022 10h58 - Atualizado há um ano
Foto: Divulgação/Unochapecó
Foto: Divulgação/Unochapecó

Elaborada para assegurar a vida plena de toda a população, dentro das condições oferecidas por nossa natureza, a Agenda 2030 da ONU é o mais importante projeto da sociedade contemporânea globalizada. A efetivação dos 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) é representada por 193 países, os quais desenvolvem projetos e ações que propõem a melhora progressiva na qualidade de vida.

A Unochapecó, atuando como signatária do Movimento, inclui os ODS na experiência acadêmica, científica e regional. No último mês, um dos projetos desenvolvidos na Universidade foi contemplado pelo Financiamento de Pesquisa Universitária Colaborativa sobre a aplicação dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável das Nações Unidas com a pesquisa 'Sustainable Production by gender-driven social and economic movements: Brazil and Canada experiences on promoting UN 2030 Agenda SDGs (Cases: Pitanga Rosa-Brazil and La Maison Verte-Canada)'.

O projeto é coordenado pelo professor Giovanni Olsson, da Unochapecó, e pelo professor Sean Mendes, da Universidade de Algoma, no Canadá. O objetivo principal da pesquisa é investigar o protagonismo dos movimentos sociais e econômicos femininos nos dois países, os limites e possibilidades de sua contribuição para a efetivação da Agenda 30 com foco na produção sustentável.

"A parceria iniciou em 2021 com uma experiência de 'Collaborative Online International Learning' (COIL), em que as atividades em Algoma, conduzidas pelo professor Sean Mendes, sobre atuações internacionais,  eram compartilhadas online com a Unochapecó. Existe muita afinidade da Unochapecó com Algoma, que possui um caráter comunitário e de forma ativa na extensão. Foi uma experiência muito exitosa, que contou com a participação de graduandos, mestrandos e doutorandos brasileiros, canadenses e de países como Índia, Portugal, Camarões, Itália, França e Romênia, sempre online e com interações síncronas e materiais de apoio", conta.

O projeto deve produzir benefícios não apenas para os estudantes e pesquisadores na Universidade, mas também para os movimentos sociais envolvidos, brasileiro e canadense, o que projeta o caráter comunitário das Instituições e reforça a importância das pesquisas acadêmicas. 

Os resultados esperados consistem na elaboração de um estudo a ser difundido nas Universidades, criando, assim, uma aliança de pesquisa entre elas. "Trata-se, por evidente, de um conhecimento local com relevância e replicação global".

Estudantes e docentes da graduação de Direito e Relações Internacionais e do mestrado em Direito, estão atuando
diretamente na execução do projeto junto à comunidade chapecoense. 

"Esse projeto tem uma articulação complexa tanto no nível acadêmico como administrativo, e, por isso, diversas áreas da Unochapecó estão diretamente envolvidas, particularmente a Assessoria de Relações Nacionais e Internacionais da Unochapecó (Arni) e o Escritório de Projetos e Prestação de Serviços (EPPS), cujo apoio foi decisivo para o êxito do trabalho", relembra Olsson.


No papel

O edital foi disponibilizado por duas organizações internacionais, a Inter-American Organization for Higher Education (IOHE) e a Organizácion Universitária Interamericana (OUI), que estabeleceram uma série de critérios de admissibilidade para concorrer aos investimentos. 

Entre eles, estava a parceria entre a instituição proponente e outra instituição de ensino superior das Américas, e a abordagem de temas relacionados ao desenvolvimento sustentável. Projetos de todo o Brasil participaram da concorrência, sendo três deles da Unochapecó: o projeto capitaneado pelo professor Giovanni Olsson foi o único brasileiro a avançar para a segunda etapa da seleção.

Junto da Assessoria de Relações Nacionais e Internacionais (ARNI), o EPPS colaborou na organização e tradução dos documentos necessários, coleta de assinaturas, além da adequação do projeto original ao formato exigido pela OUI e IOHE - fases essenciais para garantir que a proposta estivesse apta a receber o aporte de recursos. 

O EPPS auxiliou na elaboração e tradução dos documentos do Edital (Foto: DIvulgação/Unochapecó)

Para a execução do projeto, o edital em questão prevê o subsídio financeiro da OUI, de nove mil dólares canadenses, e uma contrapartida da Unochapecó, de três mil e quinhentos dólares canadenses, que serão destinados a rubricas já definidas em orçamento. 

Na Unochapecó, o apoio para a elaboração do projeto partiu do Escritório de Projetos e Prospecção de Soluções (EPPS), por meio dos analistas de projetos Renato Francisco Habas e Renê Luiz Anziliero. Com a função de identificar os editais e divulgá-los para a comunidade acadêmica, o EPPS atua no planejamento e controle de projetos de captação de recursos no âmbito da pesquisa, extensão, desenvolvimento, inovação e empreendedorismo, sendo vinculado à Vice-Reitoria de Planejamento e Desenvolvimento e integrante da
Rede de Inovação da Unochapecó.


Going abroad

A parceria com a Universidade de Algoma faz parte de uma série de iniciativas de internacionalização da Unochapecó, que proporcionam
oportunidades de contato com novas realidades para discentes e docentes da instituição. Para Liana Sonza, analista de Relações Nacionais e Internacionais, as experiências internacionais ajudam a fortalecer novas qualificações.

“É possível desenvolver no estudante em formação competências e habilidades para atuar em um mundo intercultural e global, formando cidadãos mais tolerantes, flexíveis, abertos para novas experiências, criativos e preocupados em desenvolver soluções para problemas globais, melhorando a qualidade de vida das pessoas, nos diferentes espaços que habitam. Promover a interação com projetos ligados a redes de inovação e tecnologia são também mecanismos que estimulam um olhar internacional para a formação e para a intervenção profissional”, afirma.

De acordo com Liana, o fortalecimento de pesquisas em rede e a cooperação em projetos conjuntos ganham ainda mais destaque na solução de problemas globais. “Mesmo que as experiências de internacionalização não ocorram de maneira homogênea, nos possibilitam conhecer outras realidades, e sobretudo,  aprender uns com os outros”, finaliza.

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